segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Aula não presencial - Semana 14
Aula 06 - Educação Física

Lutas:
A partir dessa semana, iremos aprender um assunto novo nas aulas de Educação Física: luta. Você sabe o que essa palavra significa? A palavra “luta” vem do latim lucta e pode ser definida como combate entre duas ou mais pessoas, com ou sem o uso de armas. A luta é uma disputa em que o oponente deve ser atacado, com técnicas e estratégias de desequilíbrio, imobilização ou exclusão de determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa, e caracteriza-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Na maioria das lutas, antes de iniciá-las, existe saudações que são formas de cumprimentar respeitosamente as pessoas que as praticam; elas podem ser feitas em pé ou de joelhos. Ao praticar uma luta, podemos nos propiciar benefícios como momentos de lazer, aprimoramento das capacidades físicas e motoras, elevação da autoestima, desenvolvimento dos diversos aspectos do comportamento humano e da cidadania, melhora na qualidade de vida e ampliação da cultura corporal do movimento.


Jiu-jitsu:


Jujutsu (em japonês: 柔術, jūjutsu ouvir), (transl. jū, "suavidade", "brandura", "flexibilidade" e jutsu, "arte", "técnica"), mais conhecido na sua forma ocidentalizada Jiu-jitsu, ju-jitsu, é uma arte marcial japonesa (Bujutsu) que utiliza técnicas de golpes de alavancas, torções e pressões para derrubar e dominar um oponente . Sua origem, como sucede com quase todas as artes marciais vetustas, não pode ser apontada com total certeza, o que se sabe por certo é que seu principal ambiente de desenvolvimento e refino foi nas escolas de samurais, a casta guerreira do Japão. Contudo, outros levantam a hipótese de ter proveniência sínica, posto que sejam também notadas influências indianas.

A finalidade e o corolário de sua criação reside na constatação de que, no campo de batalha ou durante qualquer enfrentamento, um samurai poderia acabar sem suas espadas ou lanças, daí que ele precisava de um método de defesa desarmada. Nesta cércea, os golpes paulatinamente tendem para projeções (nage waza) e luxações e torções (kansetsu waza), haja vista que os golpes traumáticos não se mostravam eficazes, pois, no ambiente de luta, os samurais encaminharam-se às batalhas usando de armaduras. O guerreiro feudal japonês deveria estudar inúmeras modalidades de combate, porquanto deveria estar preparado para quaisquer circunstâncias, sendo obrigado a defender não somente sua vida mas a de seu líder, um daimiô.

O romaji jūjutsu advém dos kanji jū (柔?), que quer dizer suave, macio, flexível, adaptável, e jutsu (術?), técnica, arte ou ofício. Considerando um contexto marcial, o suave é impróprio a atividade, portanto poderia se considerar o flexível implicando dizer que a arte permite ao usuário se adaptar a qualquer situação com oponente armado ou não. O "suave" deseja evidenciar a superioridade da técnica sobre a força, onde movimentos precisos e rápidos sobrepujam qualquer força muscular e a rigidez que o excesso desta imprime ao corpo. A despeito de ser reconhecida como utilizadora de técnicas de agarramento, o seu repertório de golpes de controle (gyaku waza) e submissão (katame waza) incluem também golpes traumáticos (ate waza). O que vai dizer quais golpes serão estudados será a escola, ou linhagem, que se aprende.

É um postulado basilar desta arte marcial o emprego da própria força e, quando possível, da força do adversário, em alavancas, que possibilita a um lutador, mesmo com compleição física inferior à do oponente, conseguir vencer. No chão, com as técnicas de estrangulamento e pressão sobre articulações, é possível submeter o adversário fazendo-o desistir da luta (competitivamente), ou (em luta real) fazendo-o desmaiar ou torná-lo incapacitado com a quebra das articulações. No Brasil, o termo "Jiu-Jitsu" é usado para se referir ao Jiu-jítsu brasileiro, forma desenvolvida a partir do Judô (Na época ainda se chamava "Kano Jiu-Jitsu") pela Família Gracie, e que foca no Ne waza (Luta de chão).

História:

A denominação "jiu jitsu", é o resultante de um duplo erro: um de tradução devido ao sistema fonético europeu OU sistema fonético Japonês que fez com que jū (柔?) jutsu (術?) se tornando Ju-Jitsu nos países europeus onde primeiramente migrou. O segundo erro é oriundo do conhecimento imperfeito da escrita Hiragana: a sílaba "Ju" não existe na sua forma pura em japonês, ela é a contração das sílabas "Ji" e "Yu". A junção das duas sílabas formam o jū (柔?) e não "Jiu". O "Jiu" é a forma chinesa de pronúncia da mesma escrita. Ju-Jutsu, no Japão, foi composto para designar técnicas de combate que envolvem a utilização de armas pequenas e técnicas desarmadas. Nesse contexto, o termo acabou por reunir grande variedade de estilos de combate, que se tinham desenvolvido até aquele momento.

A palavra Ju-Jutsu, historicamente tem seu primeiro registro escrito no século XIV, durante o período Sengoku quando o país vivia um violento período de guerra civil, por outro lado não se pode apontar em qual momento histórico esse processo se iniciou nem qual foi a semente, embora há relatos de lutas ou duelos desde 500 AEC. É aceite, contudo, o facto de que as culturas que entraram em contacto intercambiam elementos e dentro desses elementos estavam as disciplinas marciais. Destarte, posto que não formalmente, existiu esse contubérnio porque havia a migração de pessoas, comerciantes, pescadores, agentes diplomáticos etc. Ou, ainda, durante os conflitos e encontros bélicos em que se envolveu o Japão, porque, depois de um embate, vencedores e vencidos, como consequência lógica, buscavam aprender e apropriar-se daqueles métodos eficazes no campo de batalha.

A Índia, China, Mongólia e demais países da região, entraram em conflito, pelo que as artes marciais eram um importante aspecto de suas culturas. De qualquer forma, houve enfrentamentos, tendo como atores forças militares, armadas, a luta desarmada formou-se e não somente composta por golpes traumáticos mas com golpes de arremesso e imobilização, como era o jiaodixi mongol. Na China, no Templo Shaolin, surgia o chuan fa (em chinês: 拳法), isto é, o kung fu (denominação mais comum no Ocidente), como arte marcial mas também esporte e condicionamento físico, que, na verdade, é mais um gênero, pois sob essa denominação coexiste uma grande miríade de estilos variados, que praticam exercícios e golpes também muito variados, como maior ou menor ênfase em determinado conjunto de movimentos ou forma de os aplicar. Recuando um pouco, há menção de que, entre os séculos III e VIII AEC, uma arte de combate corpo a corpo sabe-se que era praticada na China e essa arte era impregnada de técnicas similares às do jujutsu.

Algumas das habilidades treinadas eram, sem dúvida, golpes de luxação, controle e projeção. Tanto que se desenvolveu uma arte marcial particular, a qinna (ou chin-na), e nesta podem ser encontradas as raízes do que viriam a ser o judô e o Aikidô. Mas o conjunto chamado de qinna era mais propriamente uma das disciplinas marciais que compunham o kung fu de Shaolin, ou seja, esse tipo de golpe era praticado como mais uma das habilidades que os monges deveriam exercitar. Com o tempo, porém, passou a trilhar uma via mais ou menos particular: dependendo de onde se treinava (um mosteiro, por exemplo), o instrutor (ou mestre encarregado) dava maior ou menor a certo currículo, em decorrência de suas experiências pessoais ou dos mestres anteriores.

Certas técnicas e/ou artes marciais parecem ter migrado às terras nipônicas desde Índia e China, principalmente, já em meados do segundo século AEC, sendo adaptadas ao feitio local, com o descarte de movimentos plásticos e, eventualmente, desnecessários, para a compilação de conteúdo mais pragmático e voltado ao resultado eficaz num ambiente de conflito. No entanto há diferenciações sutis entre o jutsu e as artes chinesas como: o foco e o tipo de movimentação, artes chinesas preferência movimentos circulares enquanto artes japonesas preferência deslocamentos angulares.

Características Técnicas:
A arte marcial usa de todo o corpo como instrumento de combate e pretende ainda beneficiar-se do oponente também, utilizando sua energia e seu próprio corpo, por intermédio de projeções, imobilização, contusões etc. Daí que, a depender de qual tradição (estilo) seja praticada, haverá maior ênfase em determinado gênero de golpes. Uma característica fundamental é a necessidade de domínio e equilíbrio do corpo. Acredita-se, segundo reza a lenda, que essa concepção surgiu a partir da observação de um médico japonês, Shirobei Akiyama, que percebeu que os galhos mais fortes de uma árvore não suportam o peso da neve por muito tempo, ao contrário dos galhos mais fracos e finos, que por serem flexíveis fazem com que a neve escorra, a partir dessa análise o medico formulou mais de trezentos golpes.

Graduação:
Os estilos tradicionais (melhor dizendo, kobudo) adoptam o sistema menkyo e as escolas modernas, o sistema Kyu Dan criado pelo mestre Jigoro Kano, composto de faixas coloridas (Obi), que segue a seguinte ordem:

[b] ^ O caratê de Oquinaua, segundo a mentalidade do fim do século XIX e começo do século XX, tratava-se de mais um estilo de jujutsu, chamado por alguns de tejutsu, haja vista que suas técnicas são exactamente as mesmas desenvolvidas no Japão em luta desarmada, diferenciando-se apenas no foco.[29][30] Ao tempo da introdução do karate no Japão, muitas escolas de jujutsu treinavam com maior foco em pancadas do que em arremessos e imobilizações.[31]

Herança e filosofia:
A cultura e a religião japonesas tornaram-se entrelaçadas nas artes marciais. Budismo, Xintoísmo, Taoísmo e Filosofia confucionista coexistem no Japão, e as pessoas geralmente se misturam e combinam para se adequar. Isso reflete a variedade de perspectivas que se encontra nas diferentes escolas. Jui Jitsu expressa a filosofia de ceder à força de um oponente em vez de tentar opor-se à força com força. Manipular o ataque de um oponente usando sua força e direção permite ao jiujiteiro (jujutsuka) que controle o equilíbrio de seu adversário e, portanto, evite que o adversário resista ao contra-ataque.